quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

!nemesianas!

Aqui esta o calendário das Nemesianas (Semana Cultural)!
Estejam atentos: já começaram!!



Aproveitem!!!!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Inscrições: EXAMES

Aqui esta o calendário de Inscrições nos Exames Nacionais e Provas de Equivalência à Frequência 1ª FASE

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Baixo Assinado - Início


Objectivo?! Recolher 50 mil assinaturas!!!!
vamos conseguir?!
Claro: somos estudantes!!!
Vamos lá a começar a recolher!!!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DNAEESB - Comunicação Social

O Encontro Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Básico (ENAEESB) é realizado anualmente há vários anos e tem uma grande expressão junto do Movimento Associativo Estudantil e vem nos últimos anos a aumentar a sua influência e a potenciar a organização do movimento associativo dos estudantes. A Delegação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Básico (DNAEESB) é eleita neste encontro, que se realizou o ano lectivo passado no dia 14 de Fevereiro de 2009 no Seixal, estando marcado este ano lectivo para o dia 20 de Fevereiro na Escola Secundária Gil Vicente em Lisboa. A DNAEESB tem hoje contacto com largas dezenas de Associações de Estudantes de todo o país como demonstra a expressão nacional e de massas dos dias nacionais de luta por ela convocados, no ano passado foram mais de 70.000 os estudantes e este ano foram já muitas as lutas nas escolas tendo como ponto máximo o passado dia 4 de Fevereiro. O dia de Luta Nacional dos estudantes do ensino Secundário e básico no passado dia 4 marcado pela Delegação teve uma expressão de massas enorme e levou às ruas do nosso país mais de 30.000 estudantes. Quem está nas escolas e quem passou pelos mais de 80 concelhos abrangidos por acções de luta deu certamente por isso.

Ainda assim vimos aqui afirmar que o tratamento dado por alguns órgãos de comunicação social à luta dos estudantes foi a nosso ver de muito pouco qualidade jornalística e desrespeitador dos estudantes que exerceram o seu livre direito de protesto e manifestação pelas razões que consideram justas. Assinalar:

1- O silenciamento da expressão de massas que este dia teve com mais de 30.000 estudantes contabilizados em muitas dezenas de protestos e manifestações, bem como a sua expressão nacional que abrangeu a larga maioria dos distritos do país e ainda os Açores. Como é explícito da tabela que enviamos com a soma de todas as lutas por região e as fotos que chegaram à DNAEESB

2- O desrespeito pelos estudantes e o inqualificável questionamento feito quanto aos números pela DNAEESB lançados. Infantilizando o Movimento Associativo Estudantil e os estudantes, ignorando a sua importância e o nível de discussão e organização que possuem. Informando apenas de uma pequena parte dos protestos e concluindo portanto que o dia de luta seria um fracasso. Pelo contrário: foi um sucesso. A nosso ver, dos mais de 30.000 que nele participaram e dos muitos outros milhares de estudantes que não puderam participar por variadas razões mas que estão com esta luta.

3- A ideia por vezes difundida de que as acções de protesto pelos estudantes desenvolvidas seriam ilegais e que as manifestações não estariam “autorizadas”. Clarificar que o direito à manifestação está consagrado na Constituição da República Portuguesa no Artigo 45.º e não prevê qualquer autorização. Nenhum dos protestos foi portanto ilegal.

4- O silenciamento em vários órgãos de comunicação social dos ataques à liberdade e direitos democráticos dos estudantes, já denunciados pela DNAEESB. Tendo mesmo chegado ao ponto de perante um claro ataque ao direito de manifestação e protesto pôr-se do lado de quem oprime como se os estudantes estivessem a cometer um crime em lutar pelo que acham justo.

5- A manipulação da realidade para passar a ideia de que os estudantes protestam profundamente inconscientes das suas reivindicações. Dando maior destaque nos meios de comunicação social aos estudantes que não foram capazes de explicar as razões que os levaram e levam a protestar, enquanto que os que conseguiram ficaram para segundo plano. Lembrar que não é qualquer pessoa, criança, jovem ou adulto, que perante uma câmara de televisão consegue transmitir o que pensa através de um discurso claro e coerente. Pensemos quantas pessoas instruídas e inteligentes teriam dificuldades em elaborar um discurso claro e coerente com uma câmara de televisão apontada a si. Um jovem no meio de uma manifestação de 14 ou 16 anos não é diferente.

Esperamos que no futuro os órgãos de comunicação social relatem os factos com rigor e exactidão e os interpretem com honestidade. Pois os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. Esperamos que a distinção entre notícia e opinião fique bem clara aos olhos do público. (partes do Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses)

Respeitosamente,
A Delegação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Secundário e Básico


(Recebido via e-mail)

Nós, assinamos em baixo deste texto!!!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Comunicação Social: 4 de Fev.

“Estudantes na rua… A luta continua!"



Cartazes, apitos, megafones, frases de protesto e alguma chuva. Foi o que encontrámos na manifestação estudantil do básico e secundário que decorreu hoje, em frente ao Ministério da Educação.

A Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS) declarou esta quinta-feira, dia 4 de Fevereiro, ‘Dia de Luta Nacional' e convocou manifestações por todo o país pela efectiva aplicação da Educação Sexual e contra o actual Estatuto do Aluno.
Na cidade de Lisboa, a manifestação teve lugar em frente ao Ministério da Educação, pouco passavam das 11:00h da manhã. Roucos, sem que os primeiros pingos de chuva os deixassem intimar, os manifestantes chegaram vindos da zona do Saldanha (local da concentração) rumo à porta do Ministério da Educação. Cartazes com as frases “Já chega + do mesmo” e gritos de ordem como “1, 2, 3 na rua outra vez… 4, 5, 6 não queremos estas leis”, “acordem para a realidade, não nos dizem a verdade”, “ Educação Sexual faz falta ao pessoal” e “Estudantes unidos jamais serão vencidos” deram voz aos mais de 400 alunos que ali se juntaram.



André Martelo, presidente da DNAEEBS 
“Hoje é ‘Dia de Luta Nacional’ e estamos aqui como forma de protesto contra as injustiças do estatuto do aluno e pelo o fim dos exames nacionais, a melhoria das condições humanas e materiais das escolas, a diminuição do preço dos manuais escolares e ainda a existência de Educação Sexual nas escolas”, disse à FORUM, entre a multidão e o aparato policial que se foi formando, André Martelo (12º ano, Escola Secundária Passos Manuel), também presidente da DNAEEBS.



Liberdade de expressão ameaçada? De acordo com este estudante, houve mesmo casos de alunos impedidos de participar nas manifestações, alguns “chegaram mesmo a ser levados para esquadras de polícia em Viseu”, refere André Martelo, sublinhando que isto “é uma vergonha e só mostra que o Governo está com medo de nós!”. O aluno garantiu ainda que sabe de casos onde funcionários das escolas ameaçaram os alunos manifestantes, mas garantiu que “o ataque concertado é grande, mas os estudantes vão continuar na rua!”. Contactada pela FORUM à porta do Ministério da Educação, Madalena Queirós, Assessora da Ministra da Educação, disse desconhecer essas situações relatadas em Viseu. "Não temos conhecimento disso nem houve orientações do Ministério da Educação nesse sentido de quartar os direitos à liberdade de expressão dos estudantes. Nunca houve. No entanto, vamos averiguar esse assunto.", referiu a porta-voz.  



Fim dos exames nacionais A DNAEEBS, que diz representar mais de 100 associações estudantis, reclama ainda mais investimento nos estabelecimentos de ensino e o fim dos exames nacionais, uma avaliação no mínimo injusta, explica Diana Simões, aluna da Escola Secundária Gil Vicente. “Os exames nacionais são uma espécie de meta de uma corrida, em que havendo escolas diferentes, com condições completamente díspares, obrigam a que haja alunos que corram para essa meta 50 metros antes! Há escolas sem condições nenhumas de ensino e a nível de instalações… Essa avaliação uniforme não faz o menor sentido: termos boas notas durante 3 anos e perdermos tudo em 90 minutos, vedando assim a nossa entrada no superior não faz sentido!”, referiu a aluna.
A propósito deste tópico de protesto, a assessora da Ministra da Educação Madalena Queirós referiu que "nunca esteve em causa acabar com os exames". 



Obras nas escolas “Só fazem obras nos locais mais visitados e quem estuda no meio do nada fica sem condições nenhumas, como sempre foi!”, gritavam ainda a Marta, a Carina e a Lara, alunas do 11º ano da Escola Secundária Eça de Queirós. “O Governo faz muita publicidade à Parque Escolar, mas na verdade são meia dúzia de escolas que estão a beneficiar de obras e ninguém percebeu ainda qual foi esse critério. Este Orçamento de Estado volta a esquecer-se das escolas que não têm ginásio para os seus alunos ou das Associações de Estudantes que não funcionam, porque nem sequer têm direito a uma sala”, referiu João Martins, aluno da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho.



"Assim não há futuro, estatuto é um muro!" “Muitos alunos não estão aqui, porque a falta não iria ser justificada, mediante este Estatuto do Aluno”, referiu um grupo de alunos da Secundária Eça de Queirós à comunicação social. Por seu turno, André Martelo decidiu explicar as alterações do estatuto a nível de faltas recorrendo a um exemplo pessoal. “Na minha turma, por exemplo, antes do Estatuto do Aluno estar em vigor havia uma ou duas pessoas com problemas de absentismo. Actualmente, a mesma turma, tem vários alunos ‘tapados’ por faltas e não foi porque os mesmos alunos decidiram faltar às aulas, foi porque as justificações deixaram de ser possíveis: estar doente ou ir a uma manifestação dá origem a faltas e pode dar origem a provas de recuperação”, disse o aluno, assegurando que, ainda assim, hoje, em todo o país, estariam mobilizados nesta manifestação nacional cerca de 20 mil alunos. “Ainda é cedo para percebermos quantos de nós saíram à rua, porque há escolas dos Açores com quem ainda nem falámos, por exemplo”.



Educação sexual já! “Temos uma taxa elevadíssima de mães adolescentes solteiras, o que faz de Portugal um país quase terceiro mundista. Além disso, as aulas de Educação Sexual já foram aprovadas na Assembleia da República… Só não chegaram foi ainda às nossas salas de aula, o que não pode ser”, referiu ainda Diana Simões.

Fotos: {Ricardo Bento}

in: http://www.forum.pt/estudantes/noticias/442-estudantes-na-rua-a-luta-continuaq
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ALUNOS EM PROTESTO
Protesto
Alunos do básico e secundário prometem “dia de luta nacional” na quinta-feira Estudantes do ensino básico e secundário realizam quinta-feira mais um “dia de luta nacional”, exigindo a aplicação efetiva da educação sexual e contra o estatuto do aluno, com as principais concentrações previstas para Lisboa e Porto. O protesto foi convocado pela Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS), que afirma representar cerca de 110 estruturas estudantis, após uma reunião com a tutela, realizada no mês passado. Segundo Rita Santos, membro da DNAEEBS, as concentrações estão previstas sobretudo à porta dos estabelecimentos de ensino, durante o turno da manhã, já que os problemas materiais e humanos de algumas escolas justificam “uma luta de maior proximidade”. No entanto, em Lisboa, os estudantes vão concentrar-se a partir das 10h00 junto ao Ministério da Educação, enquanto no Porto o encontro está marcado para as 09h30, na Avenida dos Aliados, à semelhança de protestos anteriores. Questionada sobre o número de alunos que podem vir a participar na jornada de luta, a estudante preferiu não adiantar estimativas, revelando apenas que “dezenas” de associações de todo o país pediram apoio e informações. Os estudantes exigem mais investimento nos estabelecimentos de ensino, o fim dos exames nacionais e da figura dos diretores e reivindicam a “efetiva aplicação” da educação sexual e um estatuto do aluno “inclusivo”.
In Público.
http://www.publico/
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Protesto de estudantes levou às ruas 30 mil
Trinta mil estudantes terão estado ontem em protesto por todo o País contra o Estatuto do Aluno, a demora na aplicação da educação sexual, os exames nacionais e a falta de condições nas escolas. Os números foram avançados por André Martelo, líder da Delegação Nacional de Associações de Estudantes, que acusou o Ministério da Educação de "dar directrizes às escolas para impedir os protestos". "Houve alunos ameaçados", afirmou, junto ao edifício do ME, em Lisboa, onde se juntaram 200 estudantes, anunciando o objectivo de reunir um abaixo-assinado com 50 mil signatários.
Fonte do ME negou que tenha sido dada indicação às escolas para impedir os protestos e garantiu que até ao final de Março será regulamentada a educação sexual e revisto o Estatuto do Aluno. Já os exames estão para ficar.

In: (Correio da Manhã) http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=91509D56-D913-4729-AC6A-96DBD409F4CE&channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E
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Manifestação
Estudantes falam em 30 mil nas ruas

Organizadores do protesto dos básico e secundário falam em jornada 'histórica'. Mas estão a exagerar.
Uma "grandiosa jornada de luta". Foi desta forma que a Delegação Nacional das Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS) classificou os protestos de ontem, contando "30 mil" nas concentrações de norte a sul e ilhas. Mas - atendendo ao reduzido impacte notado nas escolas, e à fraca adesão às manifs de Porto e Lisboa - há que dar a estas projecções um desconto significativo pelo entusiasmo juvenil.
Em frente ao Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, não foram mais de 400, segundo as contas da PSP, os que resistiram à chuva miudinha, por volta das 11.15 da manhã.
André Martelo, da Secundária Passos Manuel - um dos líderes da DNAEEBS -, garantia que "a luta dos estudantes vai continuar e está a crescer". Mas também desabafava, quando confrontado com os números de Lisboa: "Era bom que estivessem aqui dez ou vinte mil em frente ao ministério." Mas não estavam. O máximo do dia terá sido registado em Ponta Delgada, nos Açores, com 1000 alunos nas ruas.
O estudante do 12.º ano acusou o ministério de "repressão" dos protestos, lançando um conjunto de exemplos: uma "directriz" da ministra para as escolas "fazerem o levantamento dos que se vão manifestar", seis alunos "levados para a esquadra sem motivo" em Viseu, outros "proibidos de fazer barulho" em Beja e "directores e funcionários à porta das escolas para impedirem os alunos de sair".
O ministério, contactado pelo DN, negou tudo: "Não houve qualquer orientação das direcções regionais ou do ministério relativamente às manifestações, nem poderia haver", afirmou fonte oficial do gabinete de Isabel Alçada.
A mesma fonte confirmou que houve alunos identificados em Viseu e no Porto (ver texto ao lado), por iniciativa da PSP. Mas garantiu que, no geral, foi um dia sem grandes casos. "No universo das cerca de 12 mil escolas temos conhecimento que numa dezena de estabelecimentos de ensino existiram pequenas concentrações de alunos à porta e tentativa de encerramento de estabelecimentos."
Quanto aos motivos dos protesto, o ME promete, até final de Março, ter definidas e aprovadas novidades em dois temas: Educação Sexual e Estatuto do Aluno.
Garantias que não convencem os estudantes, que já anunciaram a intenção de promover um abaixo-assinado, com 50 mil alunos, exigindo medidas nestas e outras áreas, como a gestão escolar, os exames nacionais (que querem eliminar) e o custo dos manuais.

In: Diário de Noticias
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Educação
Alunos do básico e secundário realizam hoje «dia de luta nacional»
Estudantes do ensino básico e secundário realizam hoje mais um «dia de luta nacional», exigindo a aplicação efectiva da educação sexual e contra o estatuto do aluno, com as principais concentrações previstas para Lisboa e Porto

O protesto foi convocado pela Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS), que afirma representar cerca de 110 estruturas estudantis, após uma reunião com a tutela, realizada no mês passado.
Segundo Rita Santos, da DNAEEBS, as concentrações estão previstas sobretudo à porta dos estabelecimentos de ensino, durante o turno da manhã, já que os problemas materiais e humanos de algumas escolas justificam «uma luta de maior proximidade».
No entanto, em Lisboa, os estudantes vão concentrar-se a partir das 10h junto ao Ministério da Educação, enquanto no Porto o encontro está marcado para as 9h30, na Avenida dos Aliados, à semelhança de protestos anteriores.
Questionada sobre o número de alunos que podem vir a participar na jornada de luta, a estudante preferiu não adiantar estimativas, revelando apenas que «dezenas» de associações de todo o país pediram apoio e informações.
Os estudantes exigem mais investimento nos estabelecimentos de ensino, o fim dos exames nacionais e da figura dos directores e reivindicam a «efectiva aplicação» da educação sexual e um estatuto do aluno «inclusivo».
«Uma das nossas lutas prende-se também com os impedimentos dos conselhos directivos de realização das reuniões gerais de alunos. Existe também muita tentativa de intervenção dos conselhos no movimento associativo, além de se intrometerem nos processos eleitorais», afirmou Rita Santos, acusando algumas direcções de impedirem alunos de participar em manifestações.
Lusa /SOL
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Aqui estão algumas noticias vinculadas na Comunicação Social a respeito do dia 4 de Fevereiro!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

4 de Fevereiro – Vídeos

Aqui ficam alguns vídeos da Luta nacional do dia 4 de Fevereiro!



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Homenagem: Rosa Lobato de Faria

Não queríamos deixar passar de prestar homenagem a uma das maiores escritoras deste País: Rosa Lobato de Faria.
Assim, pomos aqui alguns textos desta e alguns vídeos:



Mulher de letras versátil, que tanto escrevia romances como letras de canções, Rosa Lobato de Faria, morreu hoje (2 de Fevereiro de 2010), na sequência de uma anemia grave. A escritora sofria de complicações do aparelho digestivo e estava internada há uma semana numa unidade de saúde privada, em Lisboa.
Nascida a 20 de Abril de 1932, filha de um oficial da Marinha, era viúva do editor Joaquim Figueiredo Magalhães, fundador da Ulisseia, desaparecido em Novembro de 2008. Escritora tardia, estreou-se na década de 80 como poeta (a sua obra lírica está reunida no volume "Poemas Escolhidos e Dispersos", de 1997).
Em 1995, aos 63 anos, publicou o seu primeiro romance: "O Pranto de Lúcifer". Seguiram-se muitos outros, a um ritmo quase anual: "Os Pássaros de Seda" (1996), "Os Três Casamentos de Camilla S." (1997), "Romance de Cordélia" (1998), "O Prenúncio das Águas" (1999), "A Trança de Inês" (2001), "O Sétimo Véu" (2003), "Os Linhos da Avó" (2004), "A Flor do Sal" (2005) e "A Alma Trocada" (2007), todos com chancela das Edições ASA.
Em 2008, acompanhando o editor Manuel Alberto Valente, mudou-se para a Porto Editora, onde publicou o seu último romance: "As Esquinas do Tempo".
Como letrista, Rosa Lobato Faria assinou centenas de versos para canções de música ligeira e igualou José Carlos Ary dos Santos no número de vitórias conseguidas no Festival RTP da Canção: quatro. Todas na década de 90: "Amor de Água Fresca" (1992); "Chamar a Música" (1994); "Baunilha e Chocolate" (1995); e "Antes do Adeus" (1997).
Destacou-se ainda como actriz. Primeiro na televisão, em programas de humor e telenovelas. Depois no cinema, dirigida por João Botelho ("Tráfico" e "A Mulher que Acreditava Ser Presidente dos Estados Unidos da América"), Monique Rutler ("Jogo de Mão") e Lauro António ("Paisagem sem Barcos" e "O Vestido Cor de Fogo").



‘Autobiografia’. “Quando eu era pequena havia um mistério chamado Infância. Nunca tínhamos ouvido falar de coisas aberrantes como educação sexual, política e pedofilia. Vivíamos num mundo mágico de princesas imaginárias, príncipes encantados e animais que falavam. A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa da Branca de Neve. Fazíamos hospitais para as formigas onde as camas eram folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto poupava-nos a conversas enfadonhas e incompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as árvores, passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo. Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias nunca aprendidas. Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente mania de acreditar que isso era bom. Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores. E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs trincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, a angustia de esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia dos pássaros só visíveis na luz indecisa da aurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor das papoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o que fosse que nos soubesse tão bem).
Aos quatro anos aprendi a ler; aos seis fazia versos, aos nove ensinaram-me inglês e pude alargar o âmbito das minhas leituras infantis. Aos treze fui, interna, para o Colégio. Ali havia muitas raparigas que cheiravam a pão, escreviam cartas às escondidas, e sonhavam com os filmes que viam nas férias. Tínhamos a certeza de que o Tyrone Power havia de vir buscar-nos, com os seus olhos morenos, depois de nos ter visto fazer uma entrada espampanante no salão de baile onde o Fred Astaire já nos teria escolhido para seu par ideal. Chamava-se a isto Adolescência, as formas cresciam-nos como as necessidades do espírito, música, leitura, poesia, para mim sobretudo literatura, história universal, história de arte, descobrimentos e o Camões a contar aquilo tudo, e as professoras a dizerem, aplica-te, menina, que vais ser escritora. Eram aulas gloriosas, em que a espuma do mar entrava pela janela, a música da poesia medieval ressoava nas paredes cheias de sol, ay eu coitada, como vivo em gran cuidado, e ay flores, se sabedes novas, vai-las lavar alva, e o rio corria entre as carteiras e nele molhávamos os pés e as almas. Além de tudo isto, que sorte, ainda havia tremas e acentos graves. Mas também tínhamos a célebre aula de Economia Doméstica de onde saíamos com a sensação de que a mulher era uma merdinha frágil, sem vontade própria, sempre a obedecer ao marido, fraca de espírito que não de corpo, pois, tendo passado o dia inteiro a esfregar o chão com palha de aço, a espalhar cera, a puxar-lhe o lustro, mal ouvia a chave na porta havia de apresentar-se ao macho milagrosamente fresca, vestida de Doris Day, a mesa posta, o jantarinho rescendente, e nem uma unha partida, nem um cabelo desalinhado, lá-lá-lá, chegaste, meu amor, que felicidade! (A professora era uma solteirona, mais sonhadora do que nós, que sabia todas as receitas do mundo para tirar todas as nódoas do mundo e os melhores truques para arear os tachos de cobre que ninguém tinha na vida real). Mas o que sabíamos nós da vida real? Aos 17 anos entrei para a Faculdade sem fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me, ainda completamente em branco (e não me refiro só à cor do vestido). Só seis anos, três filhos e centenas de livros mais tarde é que resolvi arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos. Isto não, isto não se usa, isto não gosto, isto sim, isto seguramente, isto talvez. Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim como todos os itens que à pergunta porquê só me tinham respondido porque sim, ou, pior, porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se sempre foi assim é altura de deixar de ser e começar a abrir caminho às gerações futuras (ainda não sabia que entre os meus 12 netos se contariam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem a dizer, a revolução que nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a revolução que NÓS fizemos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o quê. É preciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo, quando ainda não era suposto. Quando descobri que ser livre era acreditar em mim própria, nos meus poucos, mas bons, valores pessoais. Depois foram as circunstâncias da vida. A alegria de mais um filho, erros, acertos, disparates, generosidades, ingenuidades, tudo muito bom para aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Aprender é a palavra chave e dou por mal empregue o dia em que não aprendo nada. Ainda espero ter tempo de aprender muita coisa, agora que decidi que a Bíblia é uma metáfora da vida humana e posso glosar essa descoberta até, praticamente, ao infinito. Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos, que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova). Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-se muito. Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história da imagem. Quando estou em processo criativo sinto-me bonita. É como se tivesse luzinhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muito feminina, costumava dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens. Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça, idade ou religião. É um progresso enorme. Se isto fosse uma autobiografia teria que dizer que, perto dos 30, comecei a dizer poesia na televisão e pelos 40 e tais pus-me a fazer umas maluqueiras em novelas, séries, etc. Também escrevi algumas destas coisas e daqui senti-me tentada a escrever para o palco, que é uma das coisas mais consoladoras que existem (outra pessoa diria gratificantes, mas eu, não sei porquê, embirro com essa palavra). Não há nada mais bonito do que ver as nossas palavras ganharem vida, e sangue, e alma, pela voz e pelo corpo e pela inteligência dos actores. Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer teatro porque não aprendi. Que mais? Ah, as cantigas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas mais divertidas que me aconteceu. Ouvir a música e perceber o que é que lá vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma alma e é preciso descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou me cantam maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e, no fundo, é só uma cantiga. Irrelevante. Se isto fosse uma autobiografia teria muitas outras coisas para contar. Mas não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque só me dão este espaço que, para 75 anos de vida, convenhamos, não é excessivo. Encontramo-nos no meu próximo romance.”



Fica aqui a nossa sentida e justa homenagem.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ME com protestos !

Hoje, a Escola Secundária Vitorino Nemésio esteve bem representada na manifestação que ocorreu hoje em frente do Ministério da Educação!
De manha foi-nos impossível entregar panfletos à porta da escola, mas mesmo assim, tivemos uma forte representação!
Antes de sair-mos da escola, deixamos folhas coladas pelos corredores e muitos, muitos panfletos (sabemos que TUDO foi retirado pelas continuas!)!
Como tal tínhamos combinado, saímos às 9:30 e dirigimo-nos ao Saldanha.
Depois de termos dado com o local indicado, começamos a perceber a grandiosidade da manifestação em que estávamos!!
Vieram escolas de toda a Lisboa, ora grupos maiores, ora grupos menores – mas todos eram grupos que estão descontentes com a Educação!!
Com um breve atraso, partimos em manifestação para o Ministério – abrimos a faixa e lá fomos nós!
Rapidamente alunos de outras escolas, juntava-se à faixa e também quiseram leva-la!
No ministério, rapidamente estendemos a nossa faixa, à frente das grades que lá estavam expostas!
Gritamos e gritamos:
‘1, 2, 3,
Já cá estamos outra vez!
4, 5, 6
Não queremos estas leis!’
´Aíííííí não,
Exames não, Exames não, Exames não!’
‘Alunos unidos,
Já mais serão vencidos!’
Entre muitos muitos mais!!
Agora, algumas fotos:

















Dentro em breve, terão mais noticias!
Devemos agradecer o apoio do Movimento Estudantil Independente ‘Estudantes Unidos!’ - MEIEU
Venham ao nosso blog!

Manifestação !

É já dentro de pouco tempo que vai haver a manif!!

Prepara-te, afina a voz!!

Vamos gritar e Lutar pelos nossos Direitos!

Anda daí!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

4 de Fevereiro – Detalhes

É já amanhã que vamos participar na grande manifestação Nacional!
Tal como tínhamos dito, a ESVN amanha vai participar em peso nesta manifestação e para tal, já temos muita coisa feita!!
Amanha será distribuidas cerca de 8 centenas de panfletos de sensibilização para a manifestação, logo às 8h/8:15h!!
Às 9h, iremos encontramo-nos todos no portão da nossa escola (no lado de fora), para nos organizarmos.
Entre as 9:15h/9:30, iremos apanhar o metro até ao Saldanha (linha vermelha, sentido S. Sebastião) - tenham comprado previamente a senha de metro, para não se perder muito tempo com isso.
Ai, iremos encontramo-nos com muitos e muitos Estudantes em luta!!
Às 10h (sensivelmente), iremos em manifesto – desde o Saldanha - até ao Ministério da Educação.

Iremos levar um faixa - fornecida pelo MEIEU.
Levem apitos - vamos fazer barulho no Ministério!

Caso tenham alguma duvida, perguntem aos colegas que tiverem a distribuir os panfletos!

Já sabes, amanha contamos contigo!!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ESVN na Manifestação !

Dia 4 de Fevereiro (já esta 5ªfeira) há uma grande manifestação de estudantes por TODO o País!!

Manifestação para quê?
(mais)
+ Democracia!
+ Liberdade de reunião!
+ Liberdade de Expressão!
+ Avaliação Justa e Continua!
+ Um Estatuto Inclusivo para os Alunos!
+ Escola Pública e Democrática!
+ Condições nas Escolas!
+ Educação Sexual Já!
+ Manuais Escolares Gratuitos!
+ Ser Ouvidos!!
+ ...
E ainda para…
(menos)
- De ter Directores a comandar processos eleitorais para as AE’s!
- De ter RGA’s proibidas!
- De ter Protestos ou Manif’s impedidos!
- De EXAMES NACIONAIS!
- Deste ESTATUTO do ALUNO!
- De DIRECTORES e EMPRESAS!
- De PRIVATIZAÇÃO!
- De ter Escolas a CAIR!
- De tentar calar os estudantes!!!
- ...

E muitos e muitos de nós vamos lá estar!!
Dia 4 de Fevereiro, vamos todos para a Manif!!

Já amanha teremos mais informações a vos dar (mais pormenores sobre a manif)!!

Contamos também contigo!! ;)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

TUA participação ! !

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Não te esqueças de nos mandar o teu 1º nome e apelido, o teu ano e turma!

Poderás contar com o teu nome aqui exposto, no blog da tua escola!!
Estão à espera de que??!
Vamos melhorar a Vitorino! ;)