sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Comunicação Social: 4 de Fev.

“Estudantes na rua… A luta continua!"



Cartazes, apitos, megafones, frases de protesto e alguma chuva. Foi o que encontrámos na manifestação estudantil do básico e secundário que decorreu hoje, em frente ao Ministério da Educação.

A Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS) declarou esta quinta-feira, dia 4 de Fevereiro, ‘Dia de Luta Nacional' e convocou manifestações por todo o país pela efectiva aplicação da Educação Sexual e contra o actual Estatuto do Aluno.
Na cidade de Lisboa, a manifestação teve lugar em frente ao Ministério da Educação, pouco passavam das 11:00h da manhã. Roucos, sem que os primeiros pingos de chuva os deixassem intimar, os manifestantes chegaram vindos da zona do Saldanha (local da concentração) rumo à porta do Ministério da Educação. Cartazes com as frases “Já chega + do mesmo” e gritos de ordem como “1, 2, 3 na rua outra vez… 4, 5, 6 não queremos estas leis”, “acordem para a realidade, não nos dizem a verdade”, “ Educação Sexual faz falta ao pessoal” e “Estudantes unidos jamais serão vencidos” deram voz aos mais de 400 alunos que ali se juntaram.



André Martelo, presidente da DNAEEBS 
“Hoje é ‘Dia de Luta Nacional’ e estamos aqui como forma de protesto contra as injustiças do estatuto do aluno e pelo o fim dos exames nacionais, a melhoria das condições humanas e materiais das escolas, a diminuição do preço dos manuais escolares e ainda a existência de Educação Sexual nas escolas”, disse à FORUM, entre a multidão e o aparato policial que se foi formando, André Martelo (12º ano, Escola Secundária Passos Manuel), também presidente da DNAEEBS.



Liberdade de expressão ameaçada? De acordo com este estudante, houve mesmo casos de alunos impedidos de participar nas manifestações, alguns “chegaram mesmo a ser levados para esquadras de polícia em Viseu”, refere André Martelo, sublinhando que isto “é uma vergonha e só mostra que o Governo está com medo de nós!”. O aluno garantiu ainda que sabe de casos onde funcionários das escolas ameaçaram os alunos manifestantes, mas garantiu que “o ataque concertado é grande, mas os estudantes vão continuar na rua!”. Contactada pela FORUM à porta do Ministério da Educação, Madalena Queirós, Assessora da Ministra da Educação, disse desconhecer essas situações relatadas em Viseu. "Não temos conhecimento disso nem houve orientações do Ministério da Educação nesse sentido de quartar os direitos à liberdade de expressão dos estudantes. Nunca houve. No entanto, vamos averiguar esse assunto.", referiu a porta-voz.  



Fim dos exames nacionais A DNAEEBS, que diz representar mais de 100 associações estudantis, reclama ainda mais investimento nos estabelecimentos de ensino e o fim dos exames nacionais, uma avaliação no mínimo injusta, explica Diana Simões, aluna da Escola Secundária Gil Vicente. “Os exames nacionais são uma espécie de meta de uma corrida, em que havendo escolas diferentes, com condições completamente díspares, obrigam a que haja alunos que corram para essa meta 50 metros antes! Há escolas sem condições nenhumas de ensino e a nível de instalações… Essa avaliação uniforme não faz o menor sentido: termos boas notas durante 3 anos e perdermos tudo em 90 minutos, vedando assim a nossa entrada no superior não faz sentido!”, referiu a aluna.
A propósito deste tópico de protesto, a assessora da Ministra da Educação Madalena Queirós referiu que "nunca esteve em causa acabar com os exames". 



Obras nas escolas “Só fazem obras nos locais mais visitados e quem estuda no meio do nada fica sem condições nenhumas, como sempre foi!”, gritavam ainda a Marta, a Carina e a Lara, alunas do 11º ano da Escola Secundária Eça de Queirós. “O Governo faz muita publicidade à Parque Escolar, mas na verdade são meia dúzia de escolas que estão a beneficiar de obras e ninguém percebeu ainda qual foi esse critério. Este Orçamento de Estado volta a esquecer-se das escolas que não têm ginásio para os seus alunos ou das Associações de Estudantes que não funcionam, porque nem sequer têm direito a uma sala”, referiu João Martins, aluno da Escola Secundária Maria Amália Vaz de Carvalho.



"Assim não há futuro, estatuto é um muro!" “Muitos alunos não estão aqui, porque a falta não iria ser justificada, mediante este Estatuto do Aluno”, referiu um grupo de alunos da Secundária Eça de Queirós à comunicação social. Por seu turno, André Martelo decidiu explicar as alterações do estatuto a nível de faltas recorrendo a um exemplo pessoal. “Na minha turma, por exemplo, antes do Estatuto do Aluno estar em vigor havia uma ou duas pessoas com problemas de absentismo. Actualmente, a mesma turma, tem vários alunos ‘tapados’ por faltas e não foi porque os mesmos alunos decidiram faltar às aulas, foi porque as justificações deixaram de ser possíveis: estar doente ou ir a uma manifestação dá origem a faltas e pode dar origem a provas de recuperação”, disse o aluno, assegurando que, ainda assim, hoje, em todo o país, estariam mobilizados nesta manifestação nacional cerca de 20 mil alunos. “Ainda é cedo para percebermos quantos de nós saíram à rua, porque há escolas dos Açores com quem ainda nem falámos, por exemplo”.



Educação sexual já! “Temos uma taxa elevadíssima de mães adolescentes solteiras, o que faz de Portugal um país quase terceiro mundista. Além disso, as aulas de Educação Sexual já foram aprovadas na Assembleia da República… Só não chegaram foi ainda às nossas salas de aula, o que não pode ser”, referiu ainda Diana Simões.

Fotos: {Ricardo Bento}

in: http://www.forum.pt/estudantes/noticias/442-estudantes-na-rua-a-luta-continuaq
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ALUNOS EM PROTESTO
Protesto
Alunos do básico e secundário prometem “dia de luta nacional” na quinta-feira Estudantes do ensino básico e secundário realizam quinta-feira mais um “dia de luta nacional”, exigindo a aplicação efetiva da educação sexual e contra o estatuto do aluno, com as principais concentrações previstas para Lisboa e Porto. O protesto foi convocado pela Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS), que afirma representar cerca de 110 estruturas estudantis, após uma reunião com a tutela, realizada no mês passado. Segundo Rita Santos, membro da DNAEEBS, as concentrações estão previstas sobretudo à porta dos estabelecimentos de ensino, durante o turno da manhã, já que os problemas materiais e humanos de algumas escolas justificam “uma luta de maior proximidade”. No entanto, em Lisboa, os estudantes vão concentrar-se a partir das 10h00 junto ao Ministério da Educação, enquanto no Porto o encontro está marcado para as 09h30, na Avenida dos Aliados, à semelhança de protestos anteriores. Questionada sobre o número de alunos que podem vir a participar na jornada de luta, a estudante preferiu não adiantar estimativas, revelando apenas que “dezenas” de associações de todo o país pediram apoio e informações. Os estudantes exigem mais investimento nos estabelecimentos de ensino, o fim dos exames nacionais e da figura dos diretores e reivindicam a “efetiva aplicação” da educação sexual e um estatuto do aluno “inclusivo”.
In Público.
http://www.publico/
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Protesto de estudantes levou às ruas 30 mil
Trinta mil estudantes terão estado ontem em protesto por todo o País contra o Estatuto do Aluno, a demora na aplicação da educação sexual, os exames nacionais e a falta de condições nas escolas. Os números foram avançados por André Martelo, líder da Delegação Nacional de Associações de Estudantes, que acusou o Ministério da Educação de "dar directrizes às escolas para impedir os protestos". "Houve alunos ameaçados", afirmou, junto ao edifício do ME, em Lisboa, onde se juntaram 200 estudantes, anunciando o objectivo de reunir um abaixo-assinado com 50 mil signatários.
Fonte do ME negou que tenha sido dada indicação às escolas para impedir os protestos e garantiu que até ao final de Março será regulamentada a educação sexual e revisto o Estatuto do Aluno. Já os exames estão para ficar.

In: (Correio da Manhã) http://www.cmjornal.xl.pt/noticia.aspx?contentid=91509D56-D913-4729-AC6A-96DBD409F4CE&channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E
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Manifestação
Estudantes falam em 30 mil nas ruas

Organizadores do protesto dos básico e secundário falam em jornada 'histórica'. Mas estão a exagerar.
Uma "grandiosa jornada de luta". Foi desta forma que a Delegação Nacional das Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS) classificou os protestos de ontem, contando "30 mil" nas concentrações de norte a sul e ilhas. Mas - atendendo ao reduzido impacte notado nas escolas, e à fraca adesão às manifs de Porto e Lisboa - há que dar a estas projecções um desconto significativo pelo entusiasmo juvenil.
Em frente ao Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, não foram mais de 400, segundo as contas da PSP, os que resistiram à chuva miudinha, por volta das 11.15 da manhã.
André Martelo, da Secundária Passos Manuel - um dos líderes da DNAEEBS -, garantia que "a luta dos estudantes vai continuar e está a crescer". Mas também desabafava, quando confrontado com os números de Lisboa: "Era bom que estivessem aqui dez ou vinte mil em frente ao ministério." Mas não estavam. O máximo do dia terá sido registado em Ponta Delgada, nos Açores, com 1000 alunos nas ruas.
O estudante do 12.º ano acusou o ministério de "repressão" dos protestos, lançando um conjunto de exemplos: uma "directriz" da ministra para as escolas "fazerem o levantamento dos que se vão manifestar", seis alunos "levados para a esquadra sem motivo" em Viseu, outros "proibidos de fazer barulho" em Beja e "directores e funcionários à porta das escolas para impedirem os alunos de sair".
O ministério, contactado pelo DN, negou tudo: "Não houve qualquer orientação das direcções regionais ou do ministério relativamente às manifestações, nem poderia haver", afirmou fonte oficial do gabinete de Isabel Alçada.
A mesma fonte confirmou que houve alunos identificados em Viseu e no Porto (ver texto ao lado), por iniciativa da PSP. Mas garantiu que, no geral, foi um dia sem grandes casos. "No universo das cerca de 12 mil escolas temos conhecimento que numa dezena de estabelecimentos de ensino existiram pequenas concentrações de alunos à porta e tentativa de encerramento de estabelecimentos."
Quanto aos motivos dos protesto, o ME promete, até final de Março, ter definidas e aprovadas novidades em dois temas: Educação Sexual e Estatuto do Aluno.
Garantias que não convencem os estudantes, que já anunciaram a intenção de promover um abaixo-assinado, com 50 mil alunos, exigindo medidas nestas e outras áreas, como a gestão escolar, os exames nacionais (que querem eliminar) e o custo dos manuais.

In: Diário de Noticias
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Educação
Alunos do básico e secundário realizam hoje «dia de luta nacional»
Estudantes do ensino básico e secundário realizam hoje mais um «dia de luta nacional», exigindo a aplicação efectiva da educação sexual e contra o estatuto do aluno, com as principais concentrações previstas para Lisboa e Porto

O protesto foi convocado pela Delegação Nacional de Associações de Estudantes dos Ensinos Básico e Secundário (DNAEEBS), que afirma representar cerca de 110 estruturas estudantis, após uma reunião com a tutela, realizada no mês passado.
Segundo Rita Santos, da DNAEEBS, as concentrações estão previstas sobretudo à porta dos estabelecimentos de ensino, durante o turno da manhã, já que os problemas materiais e humanos de algumas escolas justificam «uma luta de maior proximidade».
No entanto, em Lisboa, os estudantes vão concentrar-se a partir das 10h junto ao Ministério da Educação, enquanto no Porto o encontro está marcado para as 9h30, na Avenida dos Aliados, à semelhança de protestos anteriores.
Questionada sobre o número de alunos que podem vir a participar na jornada de luta, a estudante preferiu não adiantar estimativas, revelando apenas que «dezenas» de associações de todo o país pediram apoio e informações.
Os estudantes exigem mais investimento nos estabelecimentos de ensino, o fim dos exames nacionais e da figura dos directores e reivindicam a «efectiva aplicação» da educação sexual e um estatuto do aluno «inclusivo».
«Uma das nossas lutas prende-se também com os impedimentos dos conselhos directivos de realização das reuniões gerais de alunos. Existe também muita tentativa de intervenção dos conselhos no movimento associativo, além de se intrometerem nos processos eleitorais», afirmou Rita Santos, acusando algumas direcções de impedirem alunos de participar em manifestações.
Lusa /SOL
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Aqui estão algumas noticias vinculadas na Comunicação Social a respeito do dia 4 de Fevereiro!

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